O banco central do Brasil está tomando medidas à medida que a adoção de criptomoedas cresce. Como as novas regulamentações afetarão o cenário de crypto do país? Saiba mais neste artigo.
O Banco Central do Brasil responde ao aumento da adoção de criptomoedas com medidas regulatórias
O Banco Central do Brasil está tomando medidas proativas para lidar com o rápido crescimento da adoção de criptomoedas no país. O governador Roberto Campos Neto discursou recentemente na Comissão Parlamentar de Finanças e Tributação, destacando a necessidade de uma regulamentação aprimorada à medida que o uso de criptomoedas se expande.
Nos últimos anos, o Brasil testemunhou um aumento substancial nas importações de criptomoedas, com dados do banco central revelando um aumento significativo de 44,2% de janeiro a agosto de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Durante esse período, aproximadamente 35,9 bilhões de reais (equivalentes a US$ 7,4 bilhões) entraram no país como criptomoedas.
A ascendência dos Stablecoins
O governador Campos Neto esclareceu a crescente popularidade das stablecoins no Brasil. Diferentemente das criptomoedas especulativas como Bitcoin e Ethereum, as stablecoins são usadas principalmente para pagamentos e não para investimentos. Essa mudança nos padrões de uso reflete a crescente aceitação de ativos digitais em transações cotidianas e ressalta a necessidade de estruturas regulatórias personalizadas.
Reconhecendo os possíveis problemas associados às criptomoedas, Campos Neto enfatizou o compromisso do banco central em tornar as regulamentações mais rígidas e aumentar a supervisão das plataformas de crypto que operam no Brasil. As principais preocupações incluem evasão fiscal e uso de criptomoedas para atividades ilícitas, desafios que o banco pretende mitigar por meio de uma gestão mais rigorosa.
Expansão do papel do Banco Central na regulamentação de crypto e desenvolvimento de CBDC
Em junho de 2023, o Banco Central do Brasil foi fundamental na regulamentação do ecossistema de criptomoedas do país. Embora os projetos de tokens categorizados como títulos ainda estejam sob a jurisdição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o equivalente brasileiro da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), o banco central assumiu a liderança na elaboração de uma estrutura regulatória abrangente.
Além disso, o banco central está avançando em sua iniciativa de moeda digital, Drex. Em agosto, foram revelados a marca e o logotipo dessa moeda digital do banco central (CBDC). O desenvolvimento do Drex é um passo significativo para aumentar a eficiência e a segurança do ecossistema financeiro do Brasil.
Conclusões
Como a adoção de crypto no Brasil continua a crescer, os esforços do banco central para fortalecer as medidas regulatórias e explorar o desenvolvimento do CBDC desempenham um papel crucial na formação do cenário de crypto do país. Essas iniciativas têm como objetivo promover a inovação, garantir a conformidade e enfrentar possíveis desafios, como evasão fiscal e atividades ilícitas. O Brasil busca equilibrar o crescimento do mercado crypto e a integridade regulatória em um cenário financeiro em constante evolução.