Desde sua criação, o Bitcoin (BTC) sempre foi apontado como a melhor proteção de riqueza, semelhante ao ouro. Com o passar do tempo, isso foi gradualmente percebido, já que o Bitcoin sempre sobreviveu a várias quedas de mercado, mesmo sem o benefício de um resgate do governo. Agora, isso nos faz pensar se o homem mais rico do mundo compartilha a mesma fé que nós no ativo digital.
Quem é o homem mais rico do mundo em 2024?
De acordo com a última contagem da Forbes em janeiro, Elon Musk é agora a pessoa mais rica do mundo. Além de sua forte presença nas redes sociais na plataforma X, ele é mais conhecido por seu papel como CEO da Tesla e de outras empresas do grupo X. Suas principais fontes de fluxo de caixa vêm de sua participação de 23% na Tesla, e estima-se que cerca de dois terços de sua riqueza estejam ancorados na famosa marca de veículos elétricos (EV).
O empresário bilionário causou impacto quando decidiu comprar o Twitter (rebatizado como X em 2023) por US$ 44 bilhões para dar às pessoas uma plataforma para exercer sua liberdade de expressão. Sua meta de longo prazo é transformar o X em um “aplicativo completo” semelhante ao WeChat da China, que integrará pagamentos digitais compatíveis com criptomoedas como Bitcoin e Ethereum, além de uma série de outros recursos, como TV, namoro, recrutamento de empregos e muito mais.
Musk tem um patrimônio líquido estimado em US$ 210,2 bilhões, o que representa apenas cerca de US$ 2 bilhões à frente da segunda pessoa da lista, o fundador, CEO e presidente da LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton, Bernard Arnault.
O acúmulo de bitcoins do homem mais rico do mundo
Em 2019, Musk admitiu via Twitter que possuía apenas uma fração de um BTC. Ele confessou: “Eu literalmente não possuo nenhuma criptomoeda, com exceção de 0,25 BTC que um amigo me enviou há muitos anos”. Naquela época, essa unidade valia US$ 2.500 e agora vale quase cinco vezes mais.
Avançando para fevereiro de 2021, a Tesla, comandada por Musk, fez uma compra impressionante de 43.000 BTC por cerca de US $ 1,5 bilhão. Um anúncio feito pelo CEO também disse que sua empresa aceitará Bitcoin como pagamento. Não demorou muito para que eles voltassem atrás e vendessem suas participações, deixando apenas 9.720 BTC em seus cofres.
Até o momento, a marca automotiva de Musk ainda detém esses Bitcoins, que devem estar em torno de US$ 466,56 milhões na taxa atual de US$ 48 mil por BTC. Enquanto isso, se eles mantivessem seus 43.000 BTC, teriam ganho US$ 500 milhões hoje. Se eles tivessem esperado até que a criptomoeda atingisse o valor máximo de US$ 68 mil naquele ano, teriam quase dobrado seu investimento.
Conclusões
A confirmação de que o homem mais rico do mundo vivo protege sua riqueza ou a de suas empresas com o Bitcoin alimenta a narrativa de que a criptomoeda é, de fato, uma possível proteção contra incertezas econômicas e geopolíticas. Mas, novamente, um exame mais detalhado mostra que Elon Musk tem apenas uma pequena parte de suas riquezas no ativo digital, o que nos faz questionar se ele está ou não usando-o apenas como um brinquedo em vez de apostar tudo. Isso só mostra que ele ainda é cauteloso com relação ao BTC e que a diversificação de ativos combinada com a devida diligência ainda é a melhor opção para o futuro.